4 de abril de 2013

Onde tem papai e bebê tem mamãe.

Quando eu era uma pequena joaninha do ensino fundamental, a tia (professora da escola) ensinou-me uma frase revolucionária! Tudo bem, nem tanto! 


"Onde tem papai e bebê tem mamãe".



Ou seja, onde tem p e b tem m.



É muito comum ver a troca de m por n, e vice-versa, nas mais inusitadas palavras. Como dói o coração ao ler erros como : conpreensão, comtra, imdescritível, entre tantos outros que não escreverei porque é realmente doloroso. 



São erros bobos, mas gigantescos.



Então mantenham essa frase na cabecinha que ajudará muito! Me ajudou bastante na "Classe de Alfabetização". 



Antes das letras P e B, se utiliza a letra M



Até a próxima !

28 de março de 2013

Por que tantos porquês?

Ah! Os porquês desta vida gramatical... Como são espertos! Eles são utilizados em ocasiões diferentes, mas é muito fácil se enganar em uma redação. E muitas pessoas não sabem distingui los ou quando utilizá-los. Portanto, hoje a coluna explicará o uso deles.



Por que (separado sem acento)
Usa-se esta forma para iniciar perguntas:
- Por que fizeste isso?

Podemos trocar o “por que” por “por qual motivo”, sem alterar o sentido:
- Por qual motivo fizeste isso?
Por que = por qual motivo


Porque (junto sem acento)

Tem função explicativa.Utilizamos esse formato para responder perguntas, exemplo:
- Fiz isso porque era necessário.

É possível trocar o “porque” por “pois”, sem alterar o sentido:
- Fiz isso pois era necessário
Porque = pois


Por quê (separado com acento)

Utiliza-se o “por quê” em final de frases:
- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?
- Você nunca vai visitá-lo, por quê?


Porquê (junto com acento)

Essa forma é utilizada quando o “porquê” tem função de substantivo:

- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo).
- Gostaria de entender o porquê (a razão de) eu tenho que ir.


Até a próxima!


24 de março de 2013

Crase Para Que Te Quero!


     Hoje a “Receitas Na Xícara” irá apresentar algumas formas simples de saber quando aplicar a crase. Chega de desespero! Acredite! A crase não é nada complicada de entender.  Apenas requer atenção e prática. Conforme se escreve mais, estuda-se mais a língua e a partir daí conhece-se a crase e aprende-se a identificá-la. Crase, crase! Por que confundir-nos tanto? Não mais!
                Acento grave: nome denominado para distinguir aquele acento contrário ao “acento agudo” e que se dispõe ao uso da crase.
                Usado somente sobre a vogal a, o acento grave indica a crase, isto é, a união da preposição a com o artigo a, as e, da preposição a com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.
                A crase ocorre apenas antes das palavras femininas que podem estar ocultas ou subtendidas determinadas pelo artigo e subordinada a termos que exigem a preposição.
Exemplos 1:
     a)      Carlos assistiu à partida de futebol;
     b)      Fomos à cidade;
     c)       Ela tinha amor à natureza;

As palavras partida, cidade e natureza são de gênero feminino, portanto o “a” é craseado.

Exemplos 2:

a)        Seus sapatos são à (moda de) Luis XV;
b)        Encantava por suas obras à (maneira de) Clarice Lispector;

                Já nos segundos exemplos, as palavras de gênero feminino não aparecem, mas estão subtendidas. Lendo as frases retirando o conteúdo dos parênteses, ainda estará evidente que o locutor fala de outra pessoa, ou seja, que a mensagem refere-se intimamente ao sujeito.

Exemplo:
a)        Ontem o calor estava à Bangu. (Ontem, o calor estava à maneira de Bangu).
b)        Só aparece em público à Channel. (Só aparece em público à moda de Channel).

                A crase também aparece em locuções adverbiais, prepositivas, conjuntivas formadas com a preposição e o substantivo feminino.
Exemplos:
a)        Deixou os pneus à beira da estrada;
b)        Não a enxergava à medida que e afastava-se dela;
c)         Brigou por um motivo à toa;
d)        Lançou-se naquela paixão às cegas;
e)        Às vezes decidia ser mais gentil;


                Nem sempre a crase ocorre. Alguns casos que explicitam quando ela pode ou não surgir:

• antes de pronomes possessivos no feminino:

Dei um ramalhete a minha namorada. Ou Dei um ramalhete à minha namorada.
                O uso da crase é obrigatório se houver elipse do substantivo:
                Deu importância a minha causa, mas não se dedicou à sua. 
                A frase também poderia ficar dessa forma: “Deu importância à minha causa, mas não se dedicou à sua”.
                Mas, qual das formas deverá se utilizar? Isso é indiferente, se as regras estiverem corretas, ao caso que para cada escritor dependerá do contexto e da coerência da obra.

                • antes de antropônimos femininos, quando o uso do acento grave declara intimidade ou popularidade.
         Enviei uma carta a Jurema. Ou Enviei uma carta à Jurema.
                Entretanto se o substantivo próprio estiver antecedido de um adjetivo o uso do acento grave torna-se obrigatório:
                Dediquei o livro à querida Carolina.
                • depois da preposição até, quando esta indicar locução adverbial de lugar.
                Caminhou até a esquina mais próxima. Ou Caminhou até à esquina mais próxima.

                Casos que sugerem o não uso da crase:
                • antes de substantivos masculinos e verbos.
                O navio parte a vapor; Comprou a mobília a prazo; Viajou a Portugal; Aprendeu a ler; Dedicou-se a recitar;
                • antes do artigo indefinido uma.
                Nunca assistiu a uma cena tão engraçada.
                • antes de pronomes que não admitam artigos pessoais, indefinidos, demonstrativos ou relativos.
                Dirigi-me a ela; Nunca fui a nenhuma praia nordestina; Cheguei a certa hora; A essa altura, já não se recorda;
                • antes de numerais.
                Viveu na Europa de 1960 a 1970; Castelo Branco governou na presidência da república de 1964 a 1967;
                Contudo, a crase é obrigatória antes de numerais que indiquem hora definida:
                Adormeceu à uma da manhã; Às oito horas da noite foram ao encontro;
                • em locuções formadas por substantivos repetidos.
                Cara a cara; frente a frente; de ponta a ponta; Olho a olho.
                • antes de substantivos próprios femininos que não admitam artigo.
                Foi a Cuba discursar; Viajou a Brasília para uma conferência anual; Rezou a sua santa de devoção.
                • antes de substantivo feminino indeterminado.
                O atrito se deu a velocidade dos movimentos;
                • antes do substantivo casa quando se refere ao domicilio, construção.
                Chegou a casa velha
                • antes do substantivo terra quando se emprega em oposição a bordo.
                 O marinheiro chegou a terra.

Fonte: Dicionário Aurélio.

Um abraço,
Rayanne Nayara



Introdução



    

    Sejam bem vindos à coluna “Receitas na Xícara”! Ela foi especialmente criada para divulgar dicas de como criar bons textos, histórias, fictions, crônicas, poemas e de enfatizar o uso adequado da gramática.
                
      Todo escritor tem suas dúvidas de como fazer algo que encante ao leitor não é mesmo? E quando bate aquela dúvida de como escrever alguns termos e palavras? Ou pior! Quando não se recorda algum sinônimo para substituir aquele substantivo que já foi escrito algumas vezes! É exaustivo e muito comum passar por isso, mas não é motivo para desistir da história! Conte com o “Xícaras” e sua nova coluna para ajudar-lhe nisso. Será uma experiência educativa, evolutiva para o blog, para a autora, para você e no mínimo divertida.

Um abraço,
Rayanne Nayara.